por David Areias, em 09.07.13
Vítor Gaspar fugiu do Governo, dias depois de considerar tranquilizadores os números da execução orçamental. Assumiu que falhou, assumiu que não tem melhor para dar.
Passos Coelho insistiu na política que Vítor Gaspar já não conseguia defender e nomeou Maria Luís Albuquerque para insistir no erro.
Paulo Portas aproveitou o momento e pirou-se. Pirava-se, não fosse o Passos não deixar. Revogou-se, portanto.
Passos ganhava o braço de ferro, não fosse o Portas ele próprio. Remodelou-se, portanto.
Cavaco está em Belém e só quer que o Governo sobreviva.
O resumo de uma das semanas mais trágicas da política portuguesa contemporânea: um Governo em fim de linha, agonizando em todas as estações, largando portugueses em todos os apeadeiros.
Depois do sucedido, realmente assustador e preocupante, é haver tanta gente a achar que não conseguimos eleger um governo melhor.
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