por David Areias, em 30.04.13

Bernardo Pires de Lima
A Cimeira das Lajes
Tinta da China, 2013
"Jorge Sampaio, por exemplo, considera que 'todo o contexto [decisão de Barroso e organização das Lajes] abonou em favor de tal escolha.' E, como recorda Martins da Cruz, 'as Lajes acabaram por ser importantes na carreira futura de Durão Barroso, porque, para a Estónia, Letónia, Roménia ou qualquer outro país do alargamento, Barroso era interlocutor dos grandes, logo tinha estatuto para ser presidente da Comissão.' A pergunta que fica é como é que se desbloqueou o apoio de Paris e Berlim? Para Ferro Rodrigues, 'a única explicação é que Chirac tinha a ideia de que ele seria um presidente fraco'. Já Martins da Cruz recorda que o 'processo é tradicionalmente assim, aliás como é que com a corrida a secretário-geral da NATO: uma eliminação sucessiva de candidatos, até que fica um só nome no final. E nisso Durão Barroso é um típico português: resiste, resiste e resiste. Nunca corre os cem metros, corre sempre a maratona. Mas chega sempre ao fim."
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