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António Costa fez uma leitura correcta dos resultados da noite de ontem. Não terá sido a vitória anémica do Partido Socialista nem o discurso delirante do actual Secretário-Geral que o impeliram para a afirmação da alternativa, António Costa percebeu que numa altura em que a extrema direita avança por toda a Europa, não é tempo para mais esperas e indefinições, o discurso da solidariedade e da tolerância tem que ter lideranças forte e responsáveis. António Costa, que tem feito um excelente trabalho à frente da Câmara Municipal de Lisboa, será um líder da oposição muitíssimo mais forte do que o tem sido António José Seguro, e decorrentemente será um primeiro-ministro incomparavelmente mais competente do que o é Pedro Passos Coelho.
Mas antes de apanharmos as canas do foguetório será chegada a hora do PS se definir enquanto partido, e mostrar do que é ainda feito, ou nem por isso. É esperar para ver. Mas o avanço de António Costa é uma inquestionável boa noticia para o país.
Não são só os países da periferia a sul da União Europeia que se encontram na encruzilhada de dúvidas que marcam hoje o estado de nervos em que vive a Europa. Dentro e fora das suas fronteiras, a UE confronta-se com o maior desafio a que já foi chamada a responder, que passa pela definição do modelo de sociedade que pretende abraçar e de qual o papel que vai desempenhar no mundo e na região.
Na Ucrânia, milhares de pessoas protestam contra a suspensão da assinatura do acordo de parceria com a UE, empunhando bandeiras da União Europeia e exigindo a via da integração como o caminho de futuro. Num país particularmente dividido entre as suas duas vocações potenciais, a ociente e a oriente, tem sido agitada a reação à decisão do Governo de Ianukovich de cedência à pressão russa. Pelo meio, alimentando ainda mais a mobilização da oposição, acrescenta-se o pretexto pontual encontrado pelo governo ucraniano para fundamentar a sua decisão de adiar a relação aprofundada com a UE, e que passou pelas exigências europeias em matéria de liberdades fundamentais (a maior parte das quais orbita em torno da prisão de Yulia Timochenko e da legislação que lhe permitiria receber tratamento médico no estrangeiro).
No entanto, mesmo ao lado destes protestos pela integração europeia, nas eleições regionais de hoje realizadas na Eslováquia, o partido de inspiraçao neo-nazi L'SNS, liderado por Marian Kotleba (na foto), cujo programa sustenta uma combinação de medidas nacionalistas como a saída da NATO e UE, com um discurso racista virado contra a comunidade cigana e com a exigência de medidas de reforço de apoios sociais, venceu o escrutínio na província de Banska Bystrica com quase 56% dos votos, surpreendendo pela subida rápida de uma força política que nem representação no parlamento conseguiu assegurar nas últimas eleições legislativas, em 2012.
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