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Normalmente é preciso esperar pela 2.ª feira para nos impressionarmos com o pensamento de João César das Neves.
Esta semana tivemos direito a um brinde antecipado, graças à entrevista que deu ao DN.
Apesar de aquilo que mais frequentemente provoca reações de espanto serem as posições assumidas pelo autor em matérias de costumes, igualdade de género ou liberdades fundamentais, revelando um alinhamento pelo pensamento mais conservador de alguns setores da Igreja em matéria de divórcio, de direitos LGBT ou da posição perante a IVG, para citar os mais frequentes tópicos (em que JCN surge até, por vezes, a sustentar posições mais conservadoras daquela que é a posição oficial do Vaticano), hoje a intervenção que está a causar furor é no plano do pensamento político-económico.
Fica a ideia de que subir o salário mínimo (essa exorbitância de 485€) seria "estragar a vida dos pobres", bem como a noção (seguramente estruturada em dados fiáveis, como estes que a Raquel Varela publicou, num país com uma das maiores taxas de idosos abaixo do limiar da pobreza, antes do acesso a prestações sociais) de que a maior parte dos pensionistas "fingem que são pobres".
Sem prejuízo de um regresso a ambos os temas das afirmações, aproveito para apenas sublinhar, uma vez mais, a recorrente seletividade de JCN em matéria doutrinária que estas leituras evidenciam: sempre na linha da frente das guerras pelos costumes em defesa da visão mais ortodoxa disponível, mas conseguindo em simultâneo passar um manto diáfano de esquecimento por cima de toda a doutrina social da Igreja (em especial a parte estruturante sobre direitos do trabalhador, onde pontua de forma cristalina a ideia de justa remuneração).
Não se pedia muito... Pelo menos uma maior atenção à tendência mais recente para a fixação de prioridades pelo Papa Francisco não lhe faria seguramente mal nenhum.
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