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Que um Ministro da Defesa Nacional, em ato público e em funções oficiais, numa instituição militar como o Instituto de Estudos Superiores Militares decida dedicar-se a uma intervenção política e partidária, aludindo à conferência da passada semana na Aula Magna, já é mau, e mostra a ausência de noção dos espaços em que usa da palavra e das plateias a que se dirige.
No entanto, na sua vontade de projetar uma emoção heróica e evocativa das gastas imagens da gesta da navegação acabou por levá-lo a escolher mal as comparações. Ao querer revelar uma dicotomia sempre latente entre os "herdeiros da tradição carpideira" e os que "se afirmam na linhagem dos que acreditam que é possível passar para lá do Bojador, para desta forma apontar baterias a Soares e a quem falou na Aula Magna, Aguiar Branco mais não conseguiu do que uma tentativa mal ensaiada de invocar a imagem já batida dos velhos do Restelo. Apesar de achar que está a desempenhar hoje um papel revolucionário e de arrojado refundador do País (recordemos a conversa de há uns tempos sobre a necessidade de novo texto constitucional), o Ministro da Defesa Nacional está sim a subscrever um programa de retrocesso, de navegação que volta para trás, para longe do Bojador a que alude com algum abuso.
De facto, se há alguém que já por tantas vezes demonstrou ser capaz de representar a antítese da figura, e de levar o barco a bom porto e de forma pioneira, não se deixando domar pelos verdadeiros velhos, esse alguém foi Soares. Com ele, sabemos pelo menos que podemos contar com um resistente que não desiste de transformar um outro cabo, muito mais a Sul do que o Bojador, o das Tormentas, num cabo da Boa Esperança.
Muitos pensam o mesmo, mas só Soares o diz com todas as letras: Passos e Cavaco estão a desempenhar o papel mais infeliz e inadequado de todos os titulares das funções que exercem. A demissão seria um bálsamo.
Numa primeira fase, Cavaco desistiu de ser Presidente de todos os Portugueses, para depois desistir de ser Presidente de todo.
Passos Coelho continua a achar que é o presidente da comissão liquidatária de uma das empresas de Ângelo Correia, combinando impreparação, teimosia, ausência de empatia com aqueles a quem só oferece empobrecimento e miséria e uma significativa falta de inteligência politica. Pelo meio, as instituições da República que se lixem e o Estado de Direito que espere sentado por um Orçamento conforme à Constituição.
Os dias que correm não são como os outros, os riscos que corremos são sérios. Haja quem, como Soares, o diga com clareza.
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Agradeço a sua resposta. Não posso no entanto deix...
Dou de barato a demagogia de fazer a comparação en...